sábado, 1 de setembro de 2012

"ENEM: a palhaçada brasileira"


O ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio – era uma prova 
aplicada às pessoas que estavam no fim do terceiro ano do ensino 
médio para avaliar a qualidade do ensino das escolas do país. De 
forma pragmática, os resultados serviam para escolas particulares 
fazerem propaganda sobre a qualidade de ensino da sua própria 
instituição e para as pessoas darem risada com as pérolas do 
ENEM, um compilado das coisas mais absurdas escritas por 
estudantes desse país.


A partir de 2009, o ENEM passou a ter uma importância muito
maior no cenário nacional ao ser usado como forma de seleção
 unificada nos processos seletivos das universidades federais. 
Atualmente, cada universidade possui autonomia para utilizar o
 ENEM como totalidade do seu processo seletivo ou apenas uma 
parte, como se fosse uma primeira fase, por exemplo. Muitos 
estudiosos louvaram essa atitude do governo, liderado pelo 
Fernando Haddad, ministro da Educação, como um grande passo 

para a democratização do ensino superior no Brasil.
No entanto, esse novo papel do ENEM gerou problemas 
vinculados a interesses e corrupção. Em um país onde pequena 
parte da população tem ensino superior e que um dos maiores 
gargalos para o acesso à universidade é a competição por vagas
 nas instituições, um exame nacional para seleção de ingresso nas 
universidades federais só poderia dar merda, ainda mais com
 nosso histórico de corrupção.

Os problemas do ENEM começaram em 2009, com o vazamento
 da prova antes da data da aplicação, além da divulgação de
 gabaritos com respostas embaralhadas. Esses problemas 
causaram a auto-demissão do presidente do INEP (Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) na época, 
Reynaldo Fernandes.

No mesmo ano (2009), os dados sócio-econômicos sigilosos dos
 alunos que se inscreveram no ENEM vazaram do site do INEP, 
ficando à disposição de qualquer um informações como RG e 
CPF.
Na aplicação da prova, erros de impressão no cabeçalho do 
gabarito da prova amarela induziram alunos a preenchê-lo de 
forma errada. Além disso, houve o vazamento do tema da
 redação, durante a prova, pois um jornalista de Pernambuco
 publicou na Internet uma foto da prova, via celular. Essa atitude 
gerou uma resposta ríspida do MEC em seu Twitter:
Cuidado com o Big Brother.
De fato, essa afirmação gerou mais alvoroço nas redes sociais.
 Muitos achavam que era uma forma de proibição à liberdade de 
expressão, uma vez que estavam ameaçando as pessoas que
 estavam reclamando no Twitter sobre a aplicação do ENEM.
 Claro que, em poucos minutos, o perfil do MEC lançou outra 
mensagem dizendo que o Twitter estava sendo monitorado para 
avaliar fraudes durante a aplicação da prova e que, se detectada 
alguma irregularidade, como a troca de informações pela rede 
social durante a prova, os candidatos poderiam ter a sua prova 
anulada.
Para o circo pegar mais fogo ainda, o ENEM foi anulado no dia 8 
de novembro a pedido do procurador da república do Ceará,
 Oscar Costa Filho, e aceito pela juíza Karla de Almeida Miranda
 Maia. Poucos dias depois, a anulação foi cancelada pois traria 
mais transtorno ainda, tanto para os organizadores e autoridades 
como para os próprios estudantes, sem falar em prejuízos 
financeiros da ordem de 180 milhões de reais caso fosse 
necessário aplicar um novo ENEM.

Alguns poucos estudantes fizeram passeatas e encontros para
 reivindicar maior seriedade na aplicação do ENE. O que todos 
nós esperamos é um ENEM mais justo! Será que ao fazer esse
 encarecido pedido, estamos pedindo demais? Acorda Governo,
 acorda Brasil! Já está passando da hora de mudar e, em 
consequência, progredir... Afinal, cadê a ORDEM estampada na 
bandeira brasileira?


#Postado por: Laryssa Duarte.

"O folclore cria uma identidade para a região."


Folclore Maranhense: O Bumba-Meu-Boi

O Auto do Bumba-Meu-Boi
Os brancos trouxeram o enredo da festa; os negros, escravos, acrescentaram o ritmo e os tambores; os índios, antigos habitantes, emprestaram suas danças. E a cada fogueira acesa para São João, os festejos juninos maranhenses foram-se transformando no tempo quente da emoção, da promessa e da diversão. É nesta época de junho, que reina majestoso o Bumba-meu-boi.
  
O auto popular do Bumba-meu-boi conta a estória da Catirina, uma escrava que leva seu homem, o nego Chico, a matar o boi mais bonito da fazenda para satisfazer-lhe o desejo de grávida: comer língua de boi. Descoberto o malfeito, manda o Amo (que encarna o fazendeiro, o latifundiário, o "coronel" autoridade) que os índios capturem o criminoso, que, trazido à sua presença, representa a cena mais hilariante da comédia (e também a mais crítica no sentido social). Para ressuscitar o boi, chama-se o doutor, cujos diagnósticos e receitas estapafúrdias ironizam a medicina. Finalmente, ressurgido o boi e perdoado o negro, a pantomima termina numa grande festa cheia de alegria e animação, em que se confundem personagens e assistentes.
Com traços semelhante aos dos autos medievais, a brincadeira do Bumba-Meu-Boi existe em outras regiões do País, mas só no Maranhão tem três estilos, três sotaques, e um significado tão especial. É mais que uma explosão de alegria. É "quase uma forma de oração", servindo como elo de ligação entre o sagrado e o profano, entre santos e devotos, congregando toda a população.
O Bumba-Meu-Boi, na verdade, nasce de pagamento de uma promessa feita ao São João, mas nas festas juninas maranhenses também se rendem homenagens a São Pedro e São Marçal.




Palavras HOMÓFONAS, HOMÓGRAFAS E HOMÔNIMOS PERFEITOS.



 

Homófonas, Homógrafas e Homônimos Perfeitos


Algumas palavras só são identificadas de acordo com o contexto em que estão inseridas, pois às vezes possuem escritas iguais, às vezes sons ou mesmo escrita e som.

Chamamos de homônimas as palavras que apresentam a mesma fonética, mas semântica diferenciada. Vejamos:

Homófonas (homo: mesmo; fono: som) - pronúncias iguais, grafias diferentes.  
 Exemplos:  A sessão foi ótima. (de cinema)
Esta seção da loja é só para mulheres. (departamento) 
Vamos fazer uso do bom senso. (juízo)
O censo obteve bons resultados. (conjunto de dados estatísticos)
Homógrafas (homo: mesmo; grafia: escrita) - escritas iguais, sons diferentes. 
Exemplos: Eu gosto de você. (verbo)
Meu gosto é diferente do seu. (substantivo) 
A força não é maior que a sabedoria. (substantivo)
Não é ele quem força a tranca para fechar a porta! (verbo) 
Homônimos perfeitos – grafia e pronúncia iguais.
Exemplos: Vocês verão prosperidade em todos os sentidos! (verbo)
O verão deste ano está chuvoso! (substantivo)
Eu cedo, mas você também tem que ceder! (verbo)
Deus ajuda quem cedo se levanta! (substantivo)



#Postado por: Laryssa Duarte.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

"Amizade é como flores, não podemos deixar de regá-las, mas também não podemos regá-las muito" (Manuel Bandeira)



Este notável poeta do modernismo brasileiro nasceu em Recife, Pernambuco, no ano de 1886.  Teve seu talento evidenciado desde cedo quando já se destacava nos estudos.
Durante o período em que cursava a Faculdade Politécnica em São Paulo, Bandeira precisou deixar os estudos para ir à Suíça na busca de tratamento para sua tuberculose. Após sua recuperação, ele retornou ao Brasil e publicou seu primeiro livro de versos, Cinza das Horas, no ano de 1917; porém, devido à influência simbolista, esta obra não teve grande destaque. 
Dois anos mais tarde este talentoso escritor agradou muito ao escrever Carnaval, onde já mostrava suas tendências modernistas. Posteriormente, participou da Semana de Arte Moderna de 1922, descartando de vez o lirismo bem comportado. Passou a abordar temas com mais encanto, sendo que muitos deles tinham foco nas recordações de infância. 
Além de poeta, Manuel Bandeira exerceu também outras atividades: jornalista, redator de crônicas, tradutor, integrante da Academia Brasileira de Letras e também professor de História da Literatura no Colégio Pedro II e de Literatura Hispano-Americana na faculdade do Brasil, Rio de Janeiro. 
Este, que foi um dos nomes mais importantes do modernismo no Brasil, faleceu no ano 1968.
Suas obras: 
POESIA: Poesias, reunindo A cinza das horas, Carnaval, O ritmo dissoluto (1924), Libertinagem (1930), Estrela da manhã (1936), Poesias escolhidas (1937), Poesias completas, reunindo as obras anteriores e mais Lira dos cinqüenta anos (1940), Poesias completas, 4a edição, acrescida de Belo belo (1948), Poesias completas, 6a edição, acrescida de Opus 10 (1954), Poemas traduzidos (1945), Mafuá do malungo, versos de circunstância (1948), Obras poéticas (1956), 50 Poemas escolhidos pelo autor (1955), Alumbramentos (1960), Estrela da tarde (1960). 
PROSA: Crônicas da província do Brasil (1936), Guia de Ouro Preto (1938), Noções de história das literaturas (1940), Autoria das Cartas chilenas, separata da Revista do Brasil (1940), Apresentação da poesia brasileira (1946), Literatura hispano-americana (1949), Gonçalves Dias, biografia (1952), Itinerário de Pasárgada (1954), De poetas e de poesia (1954), A flauta de papel (1957), Prosa, reunindo obras anteriores e mais Ensaios literários, Crítica de Artes e Epistolário (1958), Andorinha, andorinha, crônicas (1966), Os reis vagabundos e mais 50 crônicas (1966), Colóquio unilateralmente sentimental, crônica (1968). 
ANTOLOGIAS: Antologia dos poetas brasileiros da fase romântica (1937), Antologia dos poetas brasileiros da fase parnasiana (1938), Antologia dos poetas brasileiros bissextos contemporâneos (1946). Organizou os Sonetos completos e Poemas escolhidos de Antero de Quental, as Obras poéticas de Gonçalves Dias (1944), as Rimas de José Albano (1948) e, de Mário de Andrade, Cartas a Manuel Bandeira (1958).  

Estrela da Manhã (Manuel Bandeira)

Eu queria a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã

Ela desapareceu ia nua
Desapareceu com quem?
Procurem por toda à parte

Digam que sou um homem sem orgulho
Um homem que aceita tudo
Que me importa?
Eu quero a estrela da manhã

Três dias e três noite
Fui assassino e suicida
Ladrão, pulha, falsário

Virgem mal-sexuada
Atribuladora dos aflitos
Girafa de duas cabeças
Pecai por todos pecai com todos

Pecai com malandros
Pecai com sargentos
Pecai com fuzileiros navais
Pecai de todas as maneiras
Com os gregos e com os troianos
Com o padre e o sacristão
Com o leproso de Pouso Alto
Depois comigo

Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas
      [comerei terra e direi coisas de uma ternura tão simples
Que tu desfalecerás

Procurem por toda à parte
Pura ou degradada até a última baixeza
Eu quero a estrela da manhã.

Ler mais: 



#Postado por: Laryssa Duarte

Boa noite, caros leitores. Aqui está uma ótima música de Legião Urbana: 1977! 
Todos os dias quando acordo de manhã
Não tenho mais o tempo do dia que passou
Mas tenho muito tempo
Para acabar com essa indecisão
Espero sinceridade e perigo
Todos os dias tento chegar em algum lugar
Só pra depois dizer que não quero ficar lá
Não é coincidência
Essa minha indiferença
É que está me faltando motivo
Responsabilidade me deixa sem saber
Qual é a interferência
Ou como deve ser
Todos os dias quando eu deito pra dormir
Fico pensando em todas as coisas que eu não fiz
Só não penso no futuro
Sempre com uma leve preocupação
Se não lembrar qual foi o aviso
Todos os dias quando eu tento esquecer
Todas as coisas que eu não quero mais fazer
É só inconsequência
O tempo continua com a oscilação
E eu não consigo ficar indeciso
Pontos de referência
Perdi meu referencial
E quase como sempre não foi proposital
1977
Começaram a brincar com eletricidade
1977
Quero ficar na cidade ou não
1977
Quero ficar na cidade ou não
OooOoOoo...
#Postado por: Laryssa Duarte.

Três faces do Romantismo brasileiro

Gonçalves Dias – Protagonista da 1ª Geração do Romantismo

A 1ª Geração do Romantismo teve como principal escritor o maranhense Gonçalves Dias. Ele, apesar de não ter introduzido o gênero no Brasil (papel este de Gonçalves de Magalhães), foi o responsável pela consolidação da literatura romântica por aqui.

A exaltação da natureza, a volta ao passado histórico e a idealização do índio como representante da nacionalidade brasileira são temas típicos do Romantismo presentes nas obras de Gonçalves Dias. Assim, sua obra poética pode ser dividida basicamente em lírica (o amor, o sofrimento e a dor do homem romântico – “Se se morre de amor”), medieval (uso do português arcaico – “Sextilhas de frei Antão”) e nacionalista (exaltação da pátria distante – “Canção do Exílio”).

Porém, o traço mais forte da obra romântica de Gonçalves Dias é o Indianismo. Ele é considerado o maior poeta indianista brasileiro e possui em sua obra poemas como “I-Juca Pirama”, no qual a figura do índio é heroica, chegando até a ficar “europeizada”.

Utilizador de alta carga dramática e lírica em suas poesias, com métrica, musicalidade e ritmos perfeitos, Gonçalves Dias se considerava uma “síntese do brasileiro”, por ser filho de pai português e mãe mestiça de índios com negros. Talvez por isso tenha citado tanto as três raças em sua obra, todas de formas distintas.

José de Alencar – O pai dos Romances Indianistas e Urbanos

Os romances do Romantismo levaram ao leitor da época uma realidade idealizada, com a qual eles se identificaram (escapismo, fuga da realidade, típica característica do Romantismo). Entre eles, o romance indianista foi o que mais fez sucesso entre o grande público, por trazer consigo personagens idealizados, representados por índios. Esses “heróis” caracterizavam uma tentativa dos autores de simbolizar uma tradição do Brasil, o que nem sempre acontecia, em virtude da caracterização artificial do personagem, mais “europeizada” ainda que os indígenas de Gonçalves Dias.

José de Alencar foi o maior autor da prosa romântica no Brasil, principalmente dos romances indianistas e urbanos. Tentando estabelecer uma linguagem brasileira, Alencar consolidou a modalidade no país e lançou clássicos como “O Guarani” e “Senhora”.

O indianismo de José de Alencar está presente no já citado “O Guarani”, além de outros clássicos como “Iracema” e “Ubirajara”. Alencar defendeu o estabelecimento de um “consórcio entre os nativos (que fornecem a abundante natureza) e o europeu colonizador (que, em troca, oferece a cultura, a civilização). Dessa forma, surgiu então o brasileiro. Em todo o momento, a natureza da pátria é exaltada, um cenário perfeito para um encontro simbólico entre uma índia e um europeu, por exemplo.

Já em seus romances urbanos, José de Alencar faz críticas à sociedade carioca, cidade onde cresceu, levantando os aspectos negativos e os costumes burgueses. Nessas obras, há a predominância dos personagens da alta sociedade, com a presença marcante da figura feminina. Os pobres ou escravos são reduzidos ou quase não têm papel relevante nos enredos.

Assim é a premissa básica de histórias de Alencar como “Lucíola”, “Diva” e, claro, “Senhora”. As intrigas de amor, desigualdades econômicas e o final feliz com a vitória do amor (que tudo apaga), marcam essas obras, que se tornaram clássicos da literatura brasileira e colocaram José de Alencar no hall dos maiores romancistas da história do Brasil.

Visconde de Taunay – a originalidade do Romance Regionalista

O romance regionalista é um gênero da prosa romântica tipicamente brasileiro, completamente original. Isso se deve ao fato de não ter inspiração em modelos europeus, já que os cenários e enredos são basicamente inspirados em paisagens, costumes, valores e comportamentos típicos de pequenos proprietários de regiões brasileiras.

Assim, o autor da obra considerada como o melhor romance regionalista do Brasil, “Inocência”, Visconde de Taunay, utilizou em sua história todos os elementos que representam o regionalismo. A descrição fiel e objetiva de uma região, os confrontos entre o homem do campo ou do sertão (que possui preconceitos contra os costumes da cidade) e o homem urbano (que é liberal em relação aos costumes e subestima o homem rural) são características presentes em “Inocência”, como melhor representante do gênero regionalista.

Os personagens são aqueles clássicos do romantismo, com as mesmas emoções e o mesmo sentimentalismo, só que adaptados ao quadro regional, deslocados para um cenário diferente, que acaba interferindo em seus destinos.

O que Taunay e outros autores regionalistas pretendiam era “conquistar o espaço brasileiro”, mostrar histórias de personagens que enfrentam problemas em meio à seca e ao latifúndio do Nordeste, romances passados nos pampas gaúchos ou críticas à sociedade baiana da zona do Cacau. Isso tudo, na maioria das vezes, sem nem conhecer tais regiões.

Gonçalves Dias, José de Alencar e Visconde de Taunay escreveram obras diferentes umas das outras, com elementos próprios e técnicas distintas. Ainda assim, todos tinham o mesmo propósito: contribuir com a formação de uma linguagem e de uma cultura brasileira.
Por: Bruna R.


A estruturação do parágrafo

           Familiarizados com o tema a ser desenvolvido, elencadas todas as ideias a serem discorridas... finalmente estamos aptos a começarmos nossa produção. Mas ainda resta outro detalhe de extrema relevância – a eficácia do texto dependerá da forma pela qual estas ideias se apresentarão mediante o transcorrer do discurso. 

             Partindo deste pressuposto, temos a noção de quão importante é a estruturação dos parágrafos, que permitem que o pensamento seja distribuído de forma lógica e precisa, com vistas a permitir uma efetiva interação entre os interlocutores. Obviamente que outros fatores relacionados à competência linguística do emissor participam deste processo, entre estes: pontuação adequada, utilização correta dos elementos coesivos, de modo a estabelecer uma relação harmônica entre uma ideia e outra, dentre outros. 

            Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como um sutil recuo em relação à margem esquerda da folha, atribuído por um conjunto de períodos que representam uma ideia central em consonância com outras secundárias, resultando num efetivo entrelaçamento e formando um todo coeso. Quanto à extensão, é bom que se diga que não se trata de uma receita pronta e acabada, visto que a habilidade do emissor determinará o momento de realizar a transição entre um posicionamento e outro, permitindo que o discurso seja compreendido em sua totalidade. 

Em se tratando de textos dissertativos, normalmente os parágrafos costumam ser assim distribuídos: 

* Introdução – também denominada de tópico frasal, constitui-se pela apresentação da ideia principal, feita de maneira sintética e definida pelos objetivos aos quais o emissor se propõe. 

* Desenvolvimento – fundamenta-se na ampliação do tópico frasal, atribuído pelas ideias secundárias, reconhecidas na exposição dos argumentos com vistas a reforçar e conferir credibilidade ora em discussão.

* Conclusão – caracteriza-se pela retomada da ideia central associando-a aos pressupostos mencionados no desenvolvimento, procurando arrematá-los de forma plausível. Pode, na maioria das vezes, constar-se de uma solução por parte do emissor no que se refere ao instaurar dos fatos. 

Quanto aos textos narrativos, os parágrafos costumam ser caracterizados pelo predomínio dos verbos de ação, retratando o posicionamento dos personagens mediante o desenrolar do enredo, bem como pela indicação de elementos circunstanciais referentes à trama: quando, por que e com que ocorreram os fatos.
Nesta modalidade, a ocorrência dos parágrafos também se atribui à transcrição do discurso direto, em especial às falas dos personagens. 

Referindo-se aos textos descritivos, sua utilização está relacionada pela minuciosa exposição dos detalhes acerca do objeto descrito, representado por uma pessoa, objeto, animal, lugar, uma obra de arte, dentre outros, de modo a permitir que o leitor crie o cenário em sua mente. 
Colaborando na concretização destes propósitos, sobretudo pela finalidade discursiva – visando à caracterização de algo –, há o predomínio de verbos de ligação, bem como do uso de adjetivos e de orações coordenadas ou justapostas.

Por: Bruna R.
Águas De Março
(Elis Regina)


É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um caco de vidro
É a vida é o sol
É a noite é a morte
É um laço é o anzol...

É peroba do campo
O nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...

É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...

É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga é o vão
Festa da Cumieira...

É a chuva chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...

É o pé é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...

Uma ave no céu
Uma ave no chão
É um regato é uma fonte
É um pedaço de pão...

É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto, desgosto
É um pouco sozinho...

É um estrepe é um prego
É uma ponta é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta é um conto...

É um peixe é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...

É a lenha é o dia
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...

É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama é a lama...

É um passo é uma ponte
É um sapo é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...

São as águas de março
Fechando o verão
E a promessa de vida
No teu coração...

É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É uma cobra é um pau
É João é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um passo é uma ponte
É um sapo é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...


É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...

Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...

Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...

Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...

Pedra...
Caminho...
É um Pouco.

 Por: Bruna R.

SÃO LUÍS- Patrimônio Cultural da Humanidade

 Em 1997, a Unesco concedeu à cidade de São Luís o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, com esta nomeação, nossa cidade foi reconhecida mundialmente por sua beleza e importância como um dos maiores conjuntos arquitetônicos de origem européia no mundo. O turismo cresceu e muito, e pessoas colheram os frutos de tamanha importância.


          Já se foram anos de titulação a capital e muitos casarões que deram entrada para este feito a nossa tão querida Jamaica Brasileira permanecem, sob um descaso da prefeitura e do governo do estado.

         O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que deveria fiscalizar este tipo de desprezo, parece não fazer nada, e esta cena fica a cada dia mais cotidiana em nossa capital Patrimônio Cultural da Humanidade. É triste ver a importância histórica de uma tão bela cidade ser jogada ao esgoto.

 Por: Bruna R.


PÉROLAS DO ENEM em 2007!!!

- O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino.

- O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro.

- A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje.

- Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam.

- Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.

- No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando.

- A capital da Argentina é Buenos Dias.

- A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão.

- As aves tem na boca um dente chamado bico.

- A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva.

- Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos.

- Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais.

- A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos.

- Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas.

- As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas.

- Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central.

- As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet.

- A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly.

- Hormônios são células sexuais dos homens masculinos.

- Onde nasce o sol é o nacente, onde desce é o decente.

- A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai ? Mas tomara que não baixe minha nota por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece ?

- O principal matrimônio de um país é a educassão."
Por: Bruna R.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

São Luís


A ação civil pública visa a garantir à população a divulgação das péssimas condições de
balneabilidade das praias de São Luís e São José de Ribamar

Fruto de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal no Maranhão, a Justiça Federal determinou que o Estado divulgue as condições de balneabilidade das praias, que apresentam qualidade precária de uso pela população.


Na decisão, proferida pela 8ª Vara Federal do Maranhão, especializada em matéria ambiental, o juiz determinou que o Estado adote as providências necessárias para assegurar ampla publicidade das condições de balneabilidade das praias nos municípios de São Luís e São José de Ribamar.


Assim, a Justiça determinou que o Estado promova, em até 15 dias, sob pena do pagamento de multa diária de R$ 30 mil, a publicação das informações da situação das praias em pelo menos dois jornais de circulação estadual, a sinalização dos pontos analisados, esclarecendo a sua condição ao banho e a fixação de placas nas principais vias públicas de acesso às praias, com alerta das áreas impróprias para banho.


E, mais, o Estado também deverá, no prazo de 30 dias, interditar os trechos de praia onde ocorrer o lançamento direto de esgotos.


As medidas foram determinadas tomando por base as constatações, elaboradas pela própria Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), de poluição nas praias, em decorrência do lançamento de esgoto. Mas a secretaria não atendia as determinações do Conselho Nacional de Meio Ambiente quanto à necessidade de divulgação periódica das informações quanto à balneabilidade.

Após constatar que essas obrigações não eram cumpridas, o MPF tentou resolver a situação realizando reuniões, para obter providências. Como não houve medidas concretas da Sema, o caso foi levado à Justiça Federal. Cabe recurso dessa decisão.


# Postado por Victor Hugo

Poema


Pela luz dos olhos teus

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.

Vinicius de Moraes 

# Postado por Victor Hugo

Dicas do Enem



Erros Ortográficos

 No Enem é levado muito em conta a redação, que por um lado é corrigida com a maior rigidez possível, o que leva o individuo perder pontos na redação é basicamente os erros ortográficos e uma falta de noção incrível. Abaixo estão alguns erros encontrados na provas do Enem .


‘O sero mano tem uma missão…’

‘O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas. .’

‘O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!’


‘A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região.’

‘O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes’

‘É um problema de muita gravidez.’

‘A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO.’

‘Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia’

‘A natureza brasileira tem 500 anos e já esta quase se acabando’

‘O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destroi, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos.’

‘Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil’

… menos desmatamentos, mais florestas arborizadas. ‘

‘Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia.’

‘Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado.’

‘Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu , o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira..’

‘… são formados pelas bacias esferográficas. ‘

‘Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio.’

‘O serigueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas.

‘Vamos deixar de sermos egoistas e pensarmos um pouco mais em nos mesmos.’

# Postado por Victor Hugo

Musica



Gita



Raul Seixas




- Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando, foi justamente num sonho que Ele me falou:
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado,
Não falo de amor quase nada,
Nem fico sorrindo ao teu lado.
Você pensa em mim toda hora.
Me come, me cospe, me deixa.
Talvez você não entenda,
Mas hoje eu vou lhe mostrar.
Eu sou a luz das estrelas;
Eu sou a cor do luar;
Eu sou as coisas da vida;
Eu sou o medo de amar.
Eu sou o medo do fraco;
A força da imaginação;
O blefe do jogador;
Eu sou!... Eu fui!... Eu vou!...
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou o seu sacrifício;
A placa de contra-mão;
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição.
Eu sou a vela que acende;
Eu sou a luz que se apaga;
Eu sou a beira do abismo;
Eu sou o tudo e o nada.
Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra,
Do fogo, da água e do ar!
Você me tem todo dia,
Mas não sabe se é bom ou ruim.
Mas saiba que eu estou em você,
Mas você não está em mim.
Das telhas eu sou o telhado;
A pesca do pescador;
A letra "A" tem meu nome;
Dos sonhos eu sou o amor.
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo;
Eu sou a mão do carrasco;
Sou raso, largo, profundo.
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão;
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão.
Eu!
Mas eu sou o amargo da língua,
A mãe, o pai e o avô;
O filho que ainda não veio;
O início, o fim e o meio.
O início, o fim e o meio.
Eu sou o início,
O fim e o meio.
Eu sou o início
O fim e o meio.


# Postado por Victor Hugo

Micro Aula - Vocativo

Vocativo

Vocativo é um termo que não mantém relação sintática com nenhum outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado; não é um termo da oração. Trata-se de um nome usado quando se quer atrair a atenção da segunda pessoa do discurso, da pessoa com quem se fala.
Exemplos:

   vocativo    sujeito          predicado
  Crianças, / vocês / vão para o banho agora !

   predicado      vocativo
  Perdoe-me, / meu amor. (sujeito elíptico: você)

  Ó pedaço de mim,                   → vocativo 
  Ó metade afastada de mim,   → vocativo
  Leva o teu olhar [...]                  → predicado ( sujeito elíptico: tu )
                         ( Chico Buarque )


Postado por Victor Hugo

terça-feira, 28 de agosto de 2012


Vento No Litoral


De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...

Eieieieiei!
Olha só o que eu achei
Humrun
Cavalos-marinhos...

Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.


BARBARISMO


É o emprego de vocábulos, expressões e constru‡ões alheias ao idioma. Os estrangeirismos que entram no idioma por um processo natural de assimilação de cultura assumem aspecto de sentimento político-patriótico que, aos olhos dos puristas extremados, trazem o selo da subserviência e da degradação do país.

Esquecem-se de que a língua, como produto social, registra, em tais estrangeirismos, os contactos de povos. Este tipo de patriotismo lingüístico (Leo Spitzer lhe dava pejorativamente o nome de "patriotite") é antigo e revela reflexos de antigas dissensões históricas. Bréal lembra que os filólogos gregos que baniam os vocábulos turcos do léxico continuavam, à sua moda, a guerra da independência. Entre nós o repúdio ao francesismo ou galicismo nasceu da repulsa, aliás, justa, dos portugueses aos excessos dos soldados de Juno quando Napoleão ordenou a invasão de Portugal.

O que se deve combater é o excesso de importação de línguas estrangeiras, mormente aquela desnecessária por se encontrarem no vernáculo vocábulos equivalentes.