sexta-feira, 31 de agosto de 2012

"Amizade é como flores, não podemos deixar de regá-las, mas também não podemos regá-las muito" (Manuel Bandeira)



Este notável poeta do modernismo brasileiro nasceu em Recife, Pernambuco, no ano de 1886.  Teve seu talento evidenciado desde cedo quando já se destacava nos estudos.
Durante o período em que cursava a Faculdade Politécnica em São Paulo, Bandeira precisou deixar os estudos para ir à Suíça na busca de tratamento para sua tuberculose. Após sua recuperação, ele retornou ao Brasil e publicou seu primeiro livro de versos, Cinza das Horas, no ano de 1917; porém, devido à influência simbolista, esta obra não teve grande destaque. 
Dois anos mais tarde este talentoso escritor agradou muito ao escrever Carnaval, onde já mostrava suas tendências modernistas. Posteriormente, participou da Semana de Arte Moderna de 1922, descartando de vez o lirismo bem comportado. Passou a abordar temas com mais encanto, sendo que muitos deles tinham foco nas recordações de infância. 
Além de poeta, Manuel Bandeira exerceu também outras atividades: jornalista, redator de crônicas, tradutor, integrante da Academia Brasileira de Letras e também professor de História da Literatura no Colégio Pedro II e de Literatura Hispano-Americana na faculdade do Brasil, Rio de Janeiro. 
Este, que foi um dos nomes mais importantes do modernismo no Brasil, faleceu no ano 1968.
Suas obras: 
POESIA: Poesias, reunindo A cinza das horas, Carnaval, O ritmo dissoluto (1924), Libertinagem (1930), Estrela da manhã (1936), Poesias escolhidas (1937), Poesias completas, reunindo as obras anteriores e mais Lira dos cinqüenta anos (1940), Poesias completas, 4a edição, acrescida de Belo belo (1948), Poesias completas, 6a edição, acrescida de Opus 10 (1954), Poemas traduzidos (1945), Mafuá do malungo, versos de circunstância (1948), Obras poéticas (1956), 50 Poemas escolhidos pelo autor (1955), Alumbramentos (1960), Estrela da tarde (1960). 
PROSA: Crônicas da província do Brasil (1936), Guia de Ouro Preto (1938), Noções de história das literaturas (1940), Autoria das Cartas chilenas, separata da Revista do Brasil (1940), Apresentação da poesia brasileira (1946), Literatura hispano-americana (1949), Gonçalves Dias, biografia (1952), Itinerário de Pasárgada (1954), De poetas e de poesia (1954), A flauta de papel (1957), Prosa, reunindo obras anteriores e mais Ensaios literários, Crítica de Artes e Epistolário (1958), Andorinha, andorinha, crônicas (1966), Os reis vagabundos e mais 50 crônicas (1966), Colóquio unilateralmente sentimental, crônica (1968). 
ANTOLOGIAS: Antologia dos poetas brasileiros da fase romântica (1937), Antologia dos poetas brasileiros da fase parnasiana (1938), Antologia dos poetas brasileiros bissextos contemporâneos (1946). Organizou os Sonetos completos e Poemas escolhidos de Antero de Quental, as Obras poéticas de Gonçalves Dias (1944), as Rimas de José Albano (1948) e, de Mário de Andrade, Cartas a Manuel Bandeira (1958).  

Estrela da Manhã (Manuel Bandeira)

Eu queria a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã

Ela desapareceu ia nua
Desapareceu com quem?
Procurem por toda à parte

Digam que sou um homem sem orgulho
Um homem que aceita tudo
Que me importa?
Eu quero a estrela da manhã

Três dias e três noite
Fui assassino e suicida
Ladrão, pulha, falsário

Virgem mal-sexuada
Atribuladora dos aflitos
Girafa de duas cabeças
Pecai por todos pecai com todos

Pecai com malandros
Pecai com sargentos
Pecai com fuzileiros navais
Pecai de todas as maneiras
Com os gregos e com os troianos
Com o padre e o sacristão
Com o leproso de Pouso Alto
Depois comigo

Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas
      [comerei terra e direi coisas de uma ternura tão simples
Que tu desfalecerás

Procurem por toda à parte
Pura ou degradada até a última baixeza
Eu quero a estrela da manhã.

Ler mais: 



#Postado por: Laryssa Duarte

Boa noite, caros leitores. Aqui está uma ótima música de Legião Urbana: 1977! 
Todos os dias quando acordo de manhã
Não tenho mais o tempo do dia que passou
Mas tenho muito tempo
Para acabar com essa indecisão
Espero sinceridade e perigo
Todos os dias tento chegar em algum lugar
Só pra depois dizer que não quero ficar lá
Não é coincidência
Essa minha indiferença
É que está me faltando motivo
Responsabilidade me deixa sem saber
Qual é a interferência
Ou como deve ser
Todos os dias quando eu deito pra dormir
Fico pensando em todas as coisas que eu não fiz
Só não penso no futuro
Sempre com uma leve preocupação
Se não lembrar qual foi o aviso
Todos os dias quando eu tento esquecer
Todas as coisas que eu não quero mais fazer
É só inconsequência
O tempo continua com a oscilação
E eu não consigo ficar indeciso
Pontos de referência
Perdi meu referencial
E quase como sempre não foi proposital
1977
Começaram a brincar com eletricidade
1977
Quero ficar na cidade ou não
1977
Quero ficar na cidade ou não
OooOoOoo...
#Postado por: Laryssa Duarte.

Três faces do Romantismo brasileiro

Gonçalves Dias – Protagonista da 1ª Geração do Romantismo

A 1ª Geração do Romantismo teve como principal escritor o maranhense Gonçalves Dias. Ele, apesar de não ter introduzido o gênero no Brasil (papel este de Gonçalves de Magalhães), foi o responsável pela consolidação da literatura romântica por aqui.

A exaltação da natureza, a volta ao passado histórico e a idealização do índio como representante da nacionalidade brasileira são temas típicos do Romantismo presentes nas obras de Gonçalves Dias. Assim, sua obra poética pode ser dividida basicamente em lírica (o amor, o sofrimento e a dor do homem romântico – “Se se morre de amor”), medieval (uso do português arcaico – “Sextilhas de frei Antão”) e nacionalista (exaltação da pátria distante – “Canção do Exílio”).

Porém, o traço mais forte da obra romântica de Gonçalves Dias é o Indianismo. Ele é considerado o maior poeta indianista brasileiro e possui em sua obra poemas como “I-Juca Pirama”, no qual a figura do índio é heroica, chegando até a ficar “europeizada”.

Utilizador de alta carga dramática e lírica em suas poesias, com métrica, musicalidade e ritmos perfeitos, Gonçalves Dias se considerava uma “síntese do brasileiro”, por ser filho de pai português e mãe mestiça de índios com negros. Talvez por isso tenha citado tanto as três raças em sua obra, todas de formas distintas.

José de Alencar – O pai dos Romances Indianistas e Urbanos

Os romances do Romantismo levaram ao leitor da época uma realidade idealizada, com a qual eles se identificaram (escapismo, fuga da realidade, típica característica do Romantismo). Entre eles, o romance indianista foi o que mais fez sucesso entre o grande público, por trazer consigo personagens idealizados, representados por índios. Esses “heróis” caracterizavam uma tentativa dos autores de simbolizar uma tradição do Brasil, o que nem sempre acontecia, em virtude da caracterização artificial do personagem, mais “europeizada” ainda que os indígenas de Gonçalves Dias.

José de Alencar foi o maior autor da prosa romântica no Brasil, principalmente dos romances indianistas e urbanos. Tentando estabelecer uma linguagem brasileira, Alencar consolidou a modalidade no país e lançou clássicos como “O Guarani” e “Senhora”.

O indianismo de José de Alencar está presente no já citado “O Guarani”, além de outros clássicos como “Iracema” e “Ubirajara”. Alencar defendeu o estabelecimento de um “consórcio entre os nativos (que fornecem a abundante natureza) e o europeu colonizador (que, em troca, oferece a cultura, a civilização). Dessa forma, surgiu então o brasileiro. Em todo o momento, a natureza da pátria é exaltada, um cenário perfeito para um encontro simbólico entre uma índia e um europeu, por exemplo.

Já em seus romances urbanos, José de Alencar faz críticas à sociedade carioca, cidade onde cresceu, levantando os aspectos negativos e os costumes burgueses. Nessas obras, há a predominância dos personagens da alta sociedade, com a presença marcante da figura feminina. Os pobres ou escravos são reduzidos ou quase não têm papel relevante nos enredos.

Assim é a premissa básica de histórias de Alencar como “Lucíola”, “Diva” e, claro, “Senhora”. As intrigas de amor, desigualdades econômicas e o final feliz com a vitória do amor (que tudo apaga), marcam essas obras, que se tornaram clássicos da literatura brasileira e colocaram José de Alencar no hall dos maiores romancistas da história do Brasil.

Visconde de Taunay – a originalidade do Romance Regionalista

O romance regionalista é um gênero da prosa romântica tipicamente brasileiro, completamente original. Isso se deve ao fato de não ter inspiração em modelos europeus, já que os cenários e enredos são basicamente inspirados em paisagens, costumes, valores e comportamentos típicos de pequenos proprietários de regiões brasileiras.

Assim, o autor da obra considerada como o melhor romance regionalista do Brasil, “Inocência”, Visconde de Taunay, utilizou em sua história todos os elementos que representam o regionalismo. A descrição fiel e objetiva de uma região, os confrontos entre o homem do campo ou do sertão (que possui preconceitos contra os costumes da cidade) e o homem urbano (que é liberal em relação aos costumes e subestima o homem rural) são características presentes em “Inocência”, como melhor representante do gênero regionalista.

Os personagens são aqueles clássicos do romantismo, com as mesmas emoções e o mesmo sentimentalismo, só que adaptados ao quadro regional, deslocados para um cenário diferente, que acaba interferindo em seus destinos.

O que Taunay e outros autores regionalistas pretendiam era “conquistar o espaço brasileiro”, mostrar histórias de personagens que enfrentam problemas em meio à seca e ao latifúndio do Nordeste, romances passados nos pampas gaúchos ou críticas à sociedade baiana da zona do Cacau. Isso tudo, na maioria das vezes, sem nem conhecer tais regiões.

Gonçalves Dias, José de Alencar e Visconde de Taunay escreveram obras diferentes umas das outras, com elementos próprios e técnicas distintas. Ainda assim, todos tinham o mesmo propósito: contribuir com a formação de uma linguagem e de uma cultura brasileira.
Por: Bruna R.


A estruturação do parágrafo

           Familiarizados com o tema a ser desenvolvido, elencadas todas as ideias a serem discorridas... finalmente estamos aptos a começarmos nossa produção. Mas ainda resta outro detalhe de extrema relevância – a eficácia do texto dependerá da forma pela qual estas ideias se apresentarão mediante o transcorrer do discurso. 

             Partindo deste pressuposto, temos a noção de quão importante é a estruturação dos parágrafos, que permitem que o pensamento seja distribuído de forma lógica e precisa, com vistas a permitir uma efetiva interação entre os interlocutores. Obviamente que outros fatores relacionados à competência linguística do emissor participam deste processo, entre estes: pontuação adequada, utilização correta dos elementos coesivos, de modo a estabelecer uma relação harmônica entre uma ideia e outra, dentre outros. 

            Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como um sutil recuo em relação à margem esquerda da folha, atribuído por um conjunto de períodos que representam uma ideia central em consonância com outras secundárias, resultando num efetivo entrelaçamento e formando um todo coeso. Quanto à extensão, é bom que se diga que não se trata de uma receita pronta e acabada, visto que a habilidade do emissor determinará o momento de realizar a transição entre um posicionamento e outro, permitindo que o discurso seja compreendido em sua totalidade. 

Em se tratando de textos dissertativos, normalmente os parágrafos costumam ser assim distribuídos: 

* Introdução – também denominada de tópico frasal, constitui-se pela apresentação da ideia principal, feita de maneira sintética e definida pelos objetivos aos quais o emissor se propõe. 

* Desenvolvimento – fundamenta-se na ampliação do tópico frasal, atribuído pelas ideias secundárias, reconhecidas na exposição dos argumentos com vistas a reforçar e conferir credibilidade ora em discussão.

* Conclusão – caracteriza-se pela retomada da ideia central associando-a aos pressupostos mencionados no desenvolvimento, procurando arrematá-los de forma plausível. Pode, na maioria das vezes, constar-se de uma solução por parte do emissor no que se refere ao instaurar dos fatos. 

Quanto aos textos narrativos, os parágrafos costumam ser caracterizados pelo predomínio dos verbos de ação, retratando o posicionamento dos personagens mediante o desenrolar do enredo, bem como pela indicação de elementos circunstanciais referentes à trama: quando, por que e com que ocorreram os fatos.
Nesta modalidade, a ocorrência dos parágrafos também se atribui à transcrição do discurso direto, em especial às falas dos personagens. 

Referindo-se aos textos descritivos, sua utilização está relacionada pela minuciosa exposição dos detalhes acerca do objeto descrito, representado por uma pessoa, objeto, animal, lugar, uma obra de arte, dentre outros, de modo a permitir que o leitor crie o cenário em sua mente. 
Colaborando na concretização destes propósitos, sobretudo pela finalidade discursiva – visando à caracterização de algo –, há o predomínio de verbos de ligação, bem como do uso de adjetivos e de orações coordenadas ou justapostas.

Por: Bruna R.
Águas De Março
(Elis Regina)


É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um caco de vidro
É a vida é o sol
É a noite é a morte
É um laço é o anzol...

É peroba do campo
O nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...

É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...

É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga é o vão
Festa da Cumieira...

É a chuva chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...

É o pé é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...

Uma ave no céu
Uma ave no chão
É um regato é uma fonte
É um pedaço de pão...

É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto, desgosto
É um pouco sozinho...

É um estrepe é um prego
É uma ponta é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta é um conto...

É um peixe é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...

É a lenha é o dia
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...

É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama é a lama...

É um passo é uma ponte
É um sapo é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...

São as águas de março
Fechando o verão
E a promessa de vida
No teu coração...

É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É uma cobra é um pau
É João é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um passo é uma ponte
É um sapo é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...


É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...

Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...

Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...

Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...

Pedra...
Caminho...
É um Pouco.

 Por: Bruna R.

SÃO LUÍS- Patrimônio Cultural da Humanidade

 Em 1997, a Unesco concedeu à cidade de São Luís o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, com esta nomeação, nossa cidade foi reconhecida mundialmente por sua beleza e importância como um dos maiores conjuntos arquitetônicos de origem européia no mundo. O turismo cresceu e muito, e pessoas colheram os frutos de tamanha importância.


          Já se foram anos de titulação a capital e muitos casarões que deram entrada para este feito a nossa tão querida Jamaica Brasileira permanecem, sob um descaso da prefeitura e do governo do estado.

         O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que deveria fiscalizar este tipo de desprezo, parece não fazer nada, e esta cena fica a cada dia mais cotidiana em nossa capital Patrimônio Cultural da Humanidade. É triste ver a importância histórica de uma tão bela cidade ser jogada ao esgoto.

 Por: Bruna R.


PÉROLAS DO ENEM em 2007!!!

- O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino.

- O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro.

- A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje.

- Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam.

- Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.

- No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando.

- A capital da Argentina é Buenos Dias.

- A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão.

- As aves tem na boca um dente chamado bico.

- A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva.

- Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos.

- Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais.

- A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos.

- Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas.

- As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas.

- Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central.

- As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet.

- A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly.

- Hormônios são células sexuais dos homens masculinos.

- Onde nasce o sol é o nacente, onde desce é o decente.

- A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai ? Mas tomara que não baixe minha nota por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece ?

- O principal matrimônio de um país é a educassão."
Por: Bruna R.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

São Luís


A ação civil pública visa a garantir à população a divulgação das péssimas condições de
balneabilidade das praias de São Luís e São José de Ribamar

Fruto de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal no Maranhão, a Justiça Federal determinou que o Estado divulgue as condições de balneabilidade das praias, que apresentam qualidade precária de uso pela população.


Na decisão, proferida pela 8ª Vara Federal do Maranhão, especializada em matéria ambiental, o juiz determinou que o Estado adote as providências necessárias para assegurar ampla publicidade das condições de balneabilidade das praias nos municípios de São Luís e São José de Ribamar.


Assim, a Justiça determinou que o Estado promova, em até 15 dias, sob pena do pagamento de multa diária de R$ 30 mil, a publicação das informações da situação das praias em pelo menos dois jornais de circulação estadual, a sinalização dos pontos analisados, esclarecendo a sua condição ao banho e a fixação de placas nas principais vias públicas de acesso às praias, com alerta das áreas impróprias para banho.


E, mais, o Estado também deverá, no prazo de 30 dias, interditar os trechos de praia onde ocorrer o lançamento direto de esgotos.


As medidas foram determinadas tomando por base as constatações, elaboradas pela própria Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), de poluição nas praias, em decorrência do lançamento de esgoto. Mas a secretaria não atendia as determinações do Conselho Nacional de Meio Ambiente quanto à necessidade de divulgação periódica das informações quanto à balneabilidade.

Após constatar que essas obrigações não eram cumpridas, o MPF tentou resolver a situação realizando reuniões, para obter providências. Como não houve medidas concretas da Sema, o caso foi levado à Justiça Federal. Cabe recurso dessa decisão.


# Postado por Victor Hugo

Poema


Pela luz dos olhos teus

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.

Vinicius de Moraes 

# Postado por Victor Hugo

Dicas do Enem



Erros Ortográficos

 No Enem é levado muito em conta a redação, que por um lado é corrigida com a maior rigidez possível, o que leva o individuo perder pontos na redação é basicamente os erros ortográficos e uma falta de noção incrível. Abaixo estão alguns erros encontrados na provas do Enem .


‘O sero mano tem uma missão…’

‘O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas. .’

‘O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!’


‘A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região.’

‘O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes’

‘É um problema de muita gravidez.’

‘A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO.’

‘Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia’

‘A natureza brasileira tem 500 anos e já esta quase se acabando’

‘O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destroi, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos.’

‘Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil’

… menos desmatamentos, mais florestas arborizadas. ‘

‘Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia.’

‘Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado.’

‘Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu , o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira..’

‘… são formados pelas bacias esferográficas. ‘

‘Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio.’

‘O serigueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas.

‘Vamos deixar de sermos egoistas e pensarmos um pouco mais em nos mesmos.’

# Postado por Victor Hugo

Musica



Gita



Raul Seixas




- Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando, foi justamente num sonho que Ele me falou:
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado,
Não falo de amor quase nada,
Nem fico sorrindo ao teu lado.
Você pensa em mim toda hora.
Me come, me cospe, me deixa.
Talvez você não entenda,
Mas hoje eu vou lhe mostrar.
Eu sou a luz das estrelas;
Eu sou a cor do luar;
Eu sou as coisas da vida;
Eu sou o medo de amar.
Eu sou o medo do fraco;
A força da imaginação;
O blefe do jogador;
Eu sou!... Eu fui!... Eu vou!...
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou o seu sacrifício;
A placa de contra-mão;
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição.
Eu sou a vela que acende;
Eu sou a luz que se apaga;
Eu sou a beira do abismo;
Eu sou o tudo e o nada.
Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra,
Do fogo, da água e do ar!
Você me tem todo dia,
Mas não sabe se é bom ou ruim.
Mas saiba que eu estou em você,
Mas você não está em mim.
Das telhas eu sou o telhado;
A pesca do pescador;
A letra "A" tem meu nome;
Dos sonhos eu sou o amor.
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo;
Eu sou a mão do carrasco;
Sou raso, largo, profundo.
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão;
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão.
Eu!
Mas eu sou o amargo da língua,
A mãe, o pai e o avô;
O filho que ainda não veio;
O início, o fim e o meio.
O início, o fim e o meio.
Eu sou o início,
O fim e o meio.
Eu sou o início
O fim e o meio.


# Postado por Victor Hugo

Micro Aula - Vocativo

Vocativo

Vocativo é um termo que não mantém relação sintática com nenhum outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado; não é um termo da oração. Trata-se de um nome usado quando se quer atrair a atenção da segunda pessoa do discurso, da pessoa com quem se fala.
Exemplos:

   vocativo    sujeito          predicado
  Crianças, / vocês / vão para o banho agora !

   predicado      vocativo
  Perdoe-me, / meu amor. (sujeito elíptico: você)

  Ó pedaço de mim,                   → vocativo 
  Ó metade afastada de mim,   → vocativo
  Leva o teu olhar [...]                  → predicado ( sujeito elíptico: tu )
                         ( Chico Buarque )


Postado por Victor Hugo

terça-feira, 28 de agosto de 2012


Vento No Litoral


De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...

Eieieieiei!
Olha só o que eu achei
Humrun
Cavalos-marinhos...

Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.


BARBARISMO


É o emprego de vocábulos, expressões e constru‡ões alheias ao idioma. Os estrangeirismos que entram no idioma por um processo natural de assimilação de cultura assumem aspecto de sentimento político-patriótico que, aos olhos dos puristas extremados, trazem o selo da subserviência e da degradação do país.

Esquecem-se de que a língua, como produto social, registra, em tais estrangeirismos, os contactos de povos. Este tipo de patriotismo lingüístico (Leo Spitzer lhe dava pejorativamente o nome de "patriotite") é antigo e revela reflexos de antigas dissensões históricas. Bréal lembra que os filólogos gregos que baniam os vocábulos turcos do léxico continuavam, à sua moda, a guerra da independência. Entre nós o repúdio ao francesismo ou galicismo nasceu da repulsa, aliás, justa, dos portugueses aos excessos dos soldados de Juno quando Napoleão ordenou a invasão de Portugal.

O que se deve combater é o excesso de importação de línguas estrangeiras, mormente aquela desnecessária por se encontrarem no vernáculo vocábulos equivalentes.

BARBARISMO


É o emprego de vocábulos, expressões e constru‡ões alheias ao idioma. Os estrangeirismos que entram no idioma por um processo natural de assimilação de cultura assumem aspecto de sentimento político-patriótico que, aos olhos dos puristas extremados, trazem o selo da subserviência e da degradação do país.

Esquecem-se de que a língua, como produto social, registra, em tais estrangeirismos, os contactos de povos. Este tipo de patriotismo lingüístico (Leo Spitzer lhe dava pejorativamente o nome de "patriotite") é antigo e revela reflexos de antigas dissensões históricas. Bréal lembra que os filólogos gregos que baniam os vocábulos turcos do léxico continuavam, à sua moda, a guerra da independência. Entre nós o repúdio ao francesismo ou galicismo nasceu da repulsa, aliás, justa, dos portugueses aos excessos dos soldados de Juno quando Napoleão ordenou a invasão de Portugal.

O que se deve combater é o excesso de importação de línguas estrangeiras, mormente aquela desnecessária por se encontrarem no vernáculo vocábulos equivalentes.
METRÔ LINHA 743



Ele ia andando pela rua meio apressado
Ele sabia que tava sendo vigiado
Cheguei para ele e disse: Ei amigo, você pode me ceder um cigarro?
Ele disse: Eu dou, mas vá fumar lá do outro lado
Dois homens fumando juntos pode ser muito arriscado!!
Disse: O prato mais caro do melhor banquete é
O que se come cabeça de gente
Que pensa e os canibais de cabeça descobrem aqueles que pensam
Porque quem pensa, pensa melhor parado!
Desculpe minha pressa, fingindo atrasado
Trabalho em cartório mas sou escritor,
Perdi minha pena nem sei qual foi o mês
Metrô linha 743!!

O homem apressado me deixou e saiu voando
Aí eu me encostei num poste e fiquei fumando
Três outros chegaram com pistolas na mão,
Um gritou: Mão na cabeça malandro, se não quiser levar chumbo quente nos cornos
Eu disse: Claro, pois não, mas o que é que eu fiz?
Se é documento eu tenho aqui...
Outro disse: Não interessa, pouco importa, fique aí!
Eu quero saber o que você estava pensando
Eu avalio o preço me baseando no nível mental
Que você anda por aí usando
E aí eu lhe digo o preço que sua cabeça agora está custando
Minha cabeça caída, solta no chão
Eu vi meu corpo sem ela pela primeira e última vez
Metrô linha 743

Jogaram minha cabeça oca no lixo da cozinha
Eu era agora um cérebro, um cérebro vivo à vinagrete
Meu cérebro logo pensou: que seja, mas nunca fui tiéte
Fui posto à mesa com mais dois
E eram três pratos raros, e foi o maitre que pôs
Senti horror ao ser comido com desejo por um senhor alinhado
Meu último pedaço, antes de ser engolido ainda pensou grilado:
Quem será este desgraçado dono desta zorra tôda?
Já ta tudo armado, o jogo dos caçadores canibais
Mas o negócio é que da muito bandeira
da bandeira demais meu Deus
Cuidado brother, cuidado sábio senhor
É um conselho sério prá vocês
Eu morri e nem sei mesmo qual foi aquele mês
Metrô linha 743!!!!

postado por: Gilbreto

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ENEM "Light"



O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, propôs a aplicação de um Enem ao fim do 1.º ano do ensino médio. A proposta foi feita no encerramento do seminário Acesso ao Ensino Superior no Brasil e nos EUA: Enem e o SAT, em Brasília.
"Um Enem que não vale nota (para entrar na universidade), mas que depois a escola receba informações sobre o desempenho do estudante que possam induzir políticas de melhora", explicou Costa, após o evento.
O presidente do Inep observou que a discussão foi apenas lançada e o assunto será mais discutido dentro do Inep e do Ministério da Educação (MEC). "É um debate acadêmico que precisa ser feito." O "Enem light" seguiria o mesmo formato do tradicional, mas teria apenas fins pedagógicos, com adesão voluntária. Serviria, segundo Costa, como um "raio X" do 1.º ano do ensino médio, quando se registram as maiores taxas de reprovação.
"Pode ser um exame importante para ter um diagnóstico já no 1.º ano. Temos de ver do ponto de vista orçamentário as nossas possibilidades, mas isso será debatido, sim", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. "O Enem é a grande motivação no ensino médio."
A proposta de ampliação do exame foi feita um dia após o ministro confirmar que o governo quer mudar a fórmula de cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino médio, trocando a Prova Brasil pelo Enem. Para Mercadante, o Enem é um "termômetro" mais adequado. 

#Postado por: Laryssa Duarte. 

Pleonasmo: superabundância

            Pleonasmo é uma palavra de origem grega que significa superabundância.

Chama-se pleonasmo o uso de expressão redundante.
 
        Há dois tipos de pleonasmo: o pleonasmo vício de linguagem e o pleonasmo figura de linguagem.



Observe as seguintes afirmações:
“Eu canto um canto matinal”. (Guilherme de Almeida)
“A ameaça, o perigo, eu os apalpava quase”. (Guimarães Rosa)


Na primeira afirmação, o escritor utiliza o verbo cantar, que já traz consigo a idéia de canto (quem canta, logicamente canta um canto). Na segunda, de Guimarães Rosa, os vocábulos “ameaça” e “perigo” fazem parte de um mesmo eixo significativo: são sinônimas. Entretanto, o escritor usou as duas, a fim reforçando a idéia que queria transmitir.

Quando fazemos uso de expressões redundantes com a finalidade de reforçar uma idéia estamos utilizando a figura de linguagem chamada pleonasmo. Quando bem elaborada, além de embelezar o texto, esta figura de linguagem intensifica e destaca o sentido da expressão onde foi empregada.
“A vida, não vale a pena nem a dor de ser vivida”. (Manuel Bandeira)

Deve-se evitar, entretanto, o uso de pleonasmos viciosos. Estes não têm valor de reforçar uma noção já implicada no texto. Antes são fruto do desconhecimento do sentido das palavras por parte do falante. O pleonasmo vicioso é muito utilizado na modalidade oral, o que acaba influenciando a modalidade escrita. Veja alguns exemplos:

“Menino, entre já para dentro”.
“Eu fui fazer um hemograma de sangue hoje de manhã”.
“Joana sofre de leucemia no sangue”.
“Eu vi com esses olhos que um dia a terra há de comer”.
“A protagonista principal do filme ‘O sorriso de Monalisa’ é Julia Roberts”.


#Humor no Pleonasmo:

Charge envolvendo a figura de linguagem "Pleonasmo" em contradição aos governantes do país.

#Postado por: Laryssa Duarte.

"...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..." (Cecília Meireles)


"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.


(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."

 







Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.
Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.  
Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista. 
No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.  
Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). 
O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.  
No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. 
Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.  

Relação de suas obras: 
Espectro - 1919
Criança, meu amor - 1923
Nunca mais... - 1923
Poema dos Poemas -1923
Baladas para El-Rei - 1925
O Espírito Vitorioso - 1935
Viagem - 1939
Vaga Música - 1942
Poetas Novos de Portugal - 1944
Mar Absoluto - 1945
Rute e Alberto - 1945
Rui — Pequena História de uma Grande Vida - 1948
Retrato Natural - 1949
Amor em Leonoreta - 1952
12 Noturnos de Holanda e o Aeronauta - 1952
Romanceiro da Inconfidência -1953
Poemas Escritos na Índia - 1953
Batuque - 1953
Pequeno Oratório de Santa Clara - 1955
Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro - 1955
Panorama Folclórico de Açores -1955
Canções - 1956
Giroflê, Giroflá - 1956
Romance de Santa Cecília - 1957
A Rosa - 1957
Obra Poética -1958
Metal Rosicler -1960
Solombra -1963
Ou Isto ou Aquilo -1964
Escolha o Seu Sonho - 1964


#Postado por: Laryssa Duarte.

Revolta da Balaiada. Maranhão, 1838-1841.

             

Nas obras que tratam dos primeiros anos da independência política do Brasil, muitos historiadores dão especial destaque ao fato de que os privilégios e desmandos que marcavam o passado colonial não foram superados com o estabelecimento da independência do país. Um dos casos em que tal perspectiva é ainda mais evidente encontra-se na revolta da Balaiada, ocorrida em 1838, no Maranhão.

                      A Balaiada foi uma importante revolta popular que explodiu na província do Maranhão, entre os anos de 1838 a1841.


                   Nessa época, a economia agrária do Maranhão atravessava grande crise. Sua principal riqueza, o algodão, vinha perdendo preço e compradores no exterior, devido à forte concorrência internacional do algodão produzido nos Estados Unidos (mais barato e de melhor qualidade que o produto brasileiro).

                  Quem mais sofria as conseqüências dos problemas econômicos do Maranhão era a população pobre. Ou seja, multidão formada por vaqueiros, sertanejos e escravos.

                  Cansada de tanto sofrimento, essa multidão queria lutar, de algum modo, contra as injustiças. Lutar contra a miséria, a fome, a escravidão e os maus-tratos. Havia também muita insatisfação política entre a classe média maranhense da cidade, que formava o grupo dos bem-te-vis. Foram os bem-te-vis que iniciaram a revolta contra os grandes fazendeiros conservadores do Maranhão e contaram com a participação explosiva dos sertanejos pobres.

                   Os principais líderes populares líderes da Balaiada foram: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor de balaios, donde surgiu o nome balaiada); Cosme Bento das Chagas (chefe de um quilombo que reunia aproximadamente três mil negros fugitivos); Raimundo Gomes (vaqueiro).

                    A Balaiada não tinha uma organização consistente, nem um projeto político definido. Não tinha um movimento único e harmônico. Foi um conjunto de lutas dos sertanejos marcadas pelo desejo de vingança social contra os poderosos da região.

                   Apesar de desorganizados, os rebeldes balaios conseguira conquistar a cidade de Caxias, uma das mais importantes do Maranhão. Mas não havia clareza de objetivos entre os líderes populares ao assumir o governo. O poder foi então entregue aos bem-te-vis, que já estavam preocupados em conter a rebelião dos sertanejos.

                   Para combater a revolta dos balaios, o governo enviou tropas comandadas pelo coronel Luís Alves de Lima e Silva. Nessa altura do acontecimento, a classe média do Maranhão (os bem-te-vis) já havia abandonado os sertanejos e apoiava as tropas governamentais.

                   O combate aos balaios foi duro e violento. A perseguição só terminou em 1841, quando tinham morrido cerca de 12 mil sertanejos e escravos.


#Postado por: Laryssa Duarte.

"Parece cocaína, mas é só tristeza" (Legião Urbana)


Bom dia, caros leitores. Observe essa música de Legião Urbana que possui algumas metáforas! É uma ótima música dos clássicos da MPB. 
Parece cocaína
Mas é só tristeza
Talvez tua cidade
Muitos temores nascem
Do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora
Da virtude que perdemos...
Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro...
Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso...
Os sonhos vêm e os sonhos vão
E o resto é imperfeito...
Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira...
E há tempos
Nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
E há tempos são os jovens
Que adoecem
E há tempos
O encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
Só o acaso estende os braços
A quem procura
Abrigo e proteção...
Meu amor!
Disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem (Ela disse)
Lá em casa tem um poço
Mas a água é muito limpa...
#Postado por: Laryssa Duarte.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012




São Luís, por que Atenas brasileira?


Por: Jorge Leão*

O título de “Atenas brasileira” é concedido à cidade de São Luís. Mas, por que este título?
 Primeiramente, um breve resumo histórico, para que possamos compreender de onde partimos e onde estamos atualmente...

Após a pacificação da Balaiada em 1841, O Maranhão atravessou uma época de estabilidade e grande crescimento econômico. Os principais produtos maranhenses eram o algodão, a cana-de-açúcar e o arroz. Entretanto, o algodão se destacou como grande produto de exportação da província, já que, com a Guerra de Secessão, os Estados Unidos viram seu algodão entrar em decadência. Esta guerra ocorreu nos Estados Unidos entre os anos de 1861 e 1865, na qual se confrontaram os estados do sul contra os estados do norte. Os estados do sul tinham sua economia centrada na agricultura e lutavam pela continuidade da escravidão no país. Os estados do norte, por sua vez, eram industriais e queriam a abolição dos escravos. O conflito terminou com a vitória dos estados do norte. Logo, a preponderância do modelo industrial de produção.

Ora, sem a concorrência do algodão norte-americano, o algodão maranhense firmou-se como grande abastecedor do mercado mundial. Entretanto, com o fim da guerra, o algodão norte-americano revigora a sua força no mercado. Com isso, o produto maranhense entra em queda, com uma diminuição significativa de suas exportações. Também o açúcar maranhense segue o mesmo caminho, assim como os engenhos de cana e as fazendas de algodão. Instala-se em nosso estado um processo de falência progressiva.

Dentro deste contexto histórico, a vida cultural no Maranhão ganha em intensidade e expressividade. A literatura floresce com uma enorme quantidade de intelectuais e escritores. Nomes como os de Gonçalves Dias, João Lisboa, Cândido Mendes, Odorico Mendes, Sousândrade, Humberto de Campos e outros, constitui aquilo que fez do Maranhão o grande cenário da poesia, da prosa e da produção jornalística no século XIX. Mas, a riqueza da tradição literária maranhense não se limita apenas a este período. Na transição para o século XX, um outro grupo de intelectuais maranhenses destacou-se na vida cultural brasileira. Entre eles podemos citar nomes como os de Adelino Fontoura, Teófilo Dias, Raimundo Corrêa, Aluízio de Azevedo, Artur Azevedo, Coelho Neto, Graça Aranha, Teixeira Mendes, Nina Rodrigues.

Vale ressaltar também o surgimento de grandes músicos e compositores. São também dessa época realizações como a fundação da Biblioteca Pública Benedito Leite, do Colégio Liceu Maranhense, o Teatro Artur Azevedo, do Seminário Episcopal de Santo Antônio, da Associação Literária do Ateneu Maranhense, do Instituto de Humanidades, entre outros.

E mais recentemente, grandes poetas e escritores como Ferreira Gullar, Nauro Machado, Arlete da Cruz Machado e José Chagas (mesmo sem ter nascido no Maranhão, já mora nesta cidade há muitos anos), além, obviamente, da pena imortal do romancista Josué Montello (falecido recentemente), fazem de nossa literatura um marco na história da cultura brasileira.

Por toda esta riqueza e variedade intelectual e artística, São Luís entrou definitivamente no cenário de nosso país com o título de “Atenas brasileira”. Ainda com a existência de vários registros históricos, o acesso aos próprios leitores maranhenses é quase inacessível. É muito raro entrarmos em livrarias ou bibliotecas de nossa cidade e vermos disponíveis os livros de nossos autores. Uma pesquisa sobre a história do Maranhão ou de sua vastíssima produção literária parece, sem muito exagero, uma tarefa para o herói mitológico grego Hércules. Ora, uma cidade com o título de “patrimônio cultural da humanidade” não pode permitir que sua memória morra por falta de um projeto político-cultural de preservação. Já é hora de resgatarmos nossa dívida com os “imortais” de nossa cidade, cidade das ladeiras, dos azulejos, dos versos de amor, de lendas e segredos, mas também de descaso e ausência política pelo patrimônio que possui. Salvemos, portanto, esta memória, a fim de que este título não fique apenas, como se torna comum em nosso país, em nossa memória, sem registros, relatos ou projetos culturais de valorização e resgate histórico.

*Professor de Filosofia do Cefet-Ma
 Por: Bruna R.