BARBARISMO
É o emprego de vocábulos,
expressões e constru‡ões alheias ao idioma. Os estrangeirismos que entram no
idioma por um processo natural de assimilação de cultura assumem aspecto de
sentimento político-patriótico que, aos olhos dos puristas extremados, trazem o
selo da subserviência e da degradação do país.
Esquecem-se de que a língua,
como produto social, registra, em tais estrangeirismos, os contactos de povos. Este
tipo de patriotismo lingüístico (Leo Spitzer lhe dava pejorativamente o nome de
"patriotite") é antigo e revela reflexos de antigas dissensões
históricas. Bréal lembra que os filólogos gregos que baniam os vocábulos turcos
do léxico continuavam, à sua moda, a guerra da independência. Entre nós o
repúdio ao francesismo ou galicismo nasceu da repulsa, aliás, justa, dos
portugueses aos excessos dos soldados de Juno quando Napoleão ordenou a invasão
de Portugal.
O que se deve combater é o
excesso de importação de línguas estrangeiras, mormente aquela desnecessária
por se encontrarem no vernáculo vocábulos equivalentes.
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