Carruagem de Ana Jansen. Poderosa e discutida matrona maranhense de marcante presença na vida econômica, social e política de São Luís no século XIX, Ana Jansen ficou conhecida na cidade pela desumanidade e maus tratos que, segundo rumores, aplicava a seus escravos. Conta a lenda que os noctívagos da cidade, ao pressentirem a aproximação de uma horrenda carruagem penada, fugiam aterrorizados, à procura de um abrigo seguro. Se assim não fizessem, estariam sujeitos a receber a alma penada de Ana Jansen, uma vela acesa que amanheceria transformada em osso de defunto. Dizem ainda que o coche era puxado por cavalos decapitados, conduzidos por um escravo também decapitado e com o corpo sangrando. Por onde passava, horripilantes sons eram ouvidos, que pareciam resultantes da combinação de atrito de velhas e gastas ferragens com o coro de lamentações dos escravos.
Lenda da Serpente de São Luís.
Conta-se que uma serpente encantada, que cresce sem parar, um dia destruirá a ilha, quando a cauda encontrar a cabeça. O animal gigantesco habitaria as galerias subterrâneas que percorrem o Centro Histórico de São Luís e, embora seu corpo descomunal esteja em vários pontos da cidade (a barriga na Igreja do Carmo, a cauda na Igreja de São Pantaleão), o endereço mais certo do bicho é a secular Fonte do Ribeirão. Há quem garanta ser possível observar, através das grades que isolam as entradas do monumento, os terríveis olhos do animal.
Lenda da praia do Olho d' Água.
Conta-se que inicialmente houve ali uma aldeia indígena cujo chefe era Itaporama. Sua filha apaixonou-se por um jovem da tribo, mas este, por ser muito bonito, provocou paixão de mãe d'água que, através de seus poderes, conquistou-o e levou-o para seu palácio encantado nas profundezas do mar. Perdendo para sempre seu grande amor, a filha de Itaporama caiu em grande desolação, deixando de se alimentar e indo para a beira do mar chorando até morrer. De suas lágrimas surgiram duas nascentes que até hoje correm para o mar e que deram origem à denominação da praia. |
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Lendas - São Luís
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário